Quando é a hora certa de implementar um PAM?
15 de maio de 2025

Toda organização tem contas com acessos privilegiados, e isso não é, por si só, um problema. O risco começa quando esses acessos são mal gerenciados, pouco visíveis ou altamente concentrados em poucos colaboradores. É nesse momento que uma solução de PAM (Privileged Access Management) deixa de ser uma camada opcional e se torna uma peça estratégica da sua gestão de identidades e segurança corporativa.


Se você está se perguntando "Será que minha empresa já precisa de um PAM?", este artigo vai ajudar com um diagnóstico prático. A seguir, listamos os sinais mais comuns de que já passou da hora de estruturar esse controle.

Por que olhar para acessos privilegiados?

De acordo com o Global Cybersecurity Outlook 2025, do Fórum Econômico Mundial, a cada minuto uma nova tentativa de ataque cibernético é registrada globalmente. Já o Brasil se consagra como segundo país com mais ataques no mundo, com mais de 700 milhões de tentativas em apenas 12 meses, segundo o Panorama de Ameaças para a América Latina 2024. Só nesse período, foram 1.379 ataques por minuto.


Segundo um relatório da IBM, 71% dos ataques envolveram o uso de credenciais comprometidas. Isso porque contas privilegiadas concedem acesso direto ao centro dos sistemas e, se mal gerenciadas, criam vulnerabilidades difíceis de detectar até que seja tarde demais.


Mas não são apenas os números que preocupam. Confira os problemas mais comuns dessa superfície de ataque silenciosa:


Quais riscos os acessos privilegiados mal gerenciados oferecem?

1. Escalonamento silencioso
A partir de uma única conta privilegiada comprometida, um invasor pode movimentar-se lateralmente entre sistemas, assumindo novas identidades e coletando permissões até atingir ativos sensíveis, como bancos de dados, ERPs e sistemas de clientes.


2. Shadow IT e contas órfãs
Contas de serviço ou administrativas que continuam ativas mesmo após desligamentos ou mudanças de função criam brechas exploráveis. Sem inventário atualizado, essas contas podem passar despercebidas em revisões manuais.


3. Acesso não autorizado a dados sensíveis
Contas privilegiadas sem restrição de escopo permitem a qualquer colaborador (ou atacante) acessar informações que deveriam estar sob controle rigoroso, como dados financeiros, PII ou propriedade intelectual.


4. Uso indevido por insiders ou terceirizados
A ausência de controle de sessão, rastreabilidade e auditoria facilita
fraudes internas, sabotagens ou exfiltração de dados por parceiros com acesso elevado e pouco monitoramento.


5. Persistência do atacante (backdoors)
Em ambientes sem rotação de senhas ou autenticação robusta, é comum que atacantes consigam manter portas de acesso abertas por meses, explorando vulnerabilidades sem serem detectados.


6. Comprometimento total do ambiente
Contas como “Administrador de Domínio” ou “root” têm poder absoluto. Uma vez comprometidas, permitem ao invasor desabilitar logs, manipular sistemas e apagar rastros.


7. Violações de compliance e penalidades legais
Falta de controle sobre acessos críticos coloca a empresa em não conformidade com marcos regulatórios como LGPD, ISO 27001, PCI-DSS e outros, gerando multas, sanções e perdas de credibilidade.


E quais são os tipos de contas vulneráveis?

Quando falamos em acesso privilegiado, a primeira imagem que costuma vir à mente é a do “admin”. Mas, em uma arquitetura moderna e complexa, com múltiplas integrações, aplicações legadas e ambientes híbridos (cloud, on-premises e SaaS), existem dezenas de contas com diferentes níveis de privilégio, cada uma com seu próprio risco associado.


Essas contas são peças-chave para o funcionamento da infraestrutura de TI. Elas automatizam processos, mantêm sistemas críticos em operação, dão suporte à continuidade do negócio. No entanto, justamente por estarem nos bastidores, muitas escapam do radar das equipes de segurança,  o que as torna alvos prioritários para atacantes sofisticados.


Por isso, antes de implementar um PAM, é essencial entender quais tipos de contas privilegiadas existem no seu ambiente, quais são mais críticas e como cada uma deve ser tratada de forma diferenciada. Abaixo, uma visão estruturada das principais categorias:


  • Contas de Administrador Local

Permitem configurações diretas em dispositivos e estações. Em muitos casos, compartilham senhas reutilizadas, o que as torna alvos fáceis.


  • Contas de Usuário com Privilégios Elevados

Usuários com acesso administrativo a servidores, aplicações ou sistemas de gestão. Muitas vezes não são monitorados adequadamente.


  • Contas de Emergência (Break Glass)

Ativadas em situações críticas. Costumam ser negligenciadas na rotina de segurança, o que as torna extremamente vulneráveis.


  • Contas de Administrador de Domínio

Com acesso irrestrito a toda a rede, são as mais críticas. Um comprometimento aqui equivale à queda de toda a fortaleza.


  • Contas de Serviço

Usadas por aplicações para rodar processos automáticos. Frequentemente têm senhas estáticas, esquecidas e raramente rotacionadas.


  • Contas de Aplicação

Facilitam a comunicação entre softwares e bancos de dados. Sem gestão adequada, expõem dados sensíveis inadvertidamente.


  • Contas de Serviço de Domínio

Executam tarefas vitais — como backups e atualizações — mas são difíceis de rastrear e comumente negligenciadas.


Cada uma dessas contas representa uma superfície de ataque. E todas, sem exceção, devem ser gerenciadas com critério, visibilidade e controle contínuo.

Como o PAM atua para mitigar riscos e ampliar governança

Uma vez que entendemos a gravidade dos riscos atrelados a acessos privilegiados mal gerenciados, é natural buscar uma resposta à altura. O Privileged Acess Management (PAM) atua como uma camada de contenção, visibilidade e automação em torno dos privilégios mais sensíveis da organização, implementando os princípios de menor privilégio, acesso just-in-time e rastreabilidade completa.


Mais do que uma ferramenta, o PAM é um ponto de convergência entre segurança, auditoria e eficiência operacional. Ele entrega controle granulado sobre “quem acessa o quê, quando, como e por quanto tempo”, mudando completamente a postura de segurança da empresa.


A seguir, os principais mecanismos com os quais o PAM transforma a segurança de acessos privilegiados:


  • Armazenamento seguro de credenciais em cofres digitais criptografados, com acesso controlado e monitorado.
  • Monitoramento e auditoria em tempo real, com gravação e documentação, permitindo auditorias completas e responsabilização clara.
  • Acesso Just-in-Time (JIT), ou seja, permissões são concedidas sob demanda, por tempo limitado e com escopo mínimo necessário, eliminando acessos permanentes desnecessários.
  • Rotação automática de senhas após o uso ou em ciclos definidos, reduzindo a janela de exposição.

Além disso, PAMs avançados se integram ao ecossistema de identidade (IAM, IGA, MFA, etc.), contribuindo diretamente para uma arquitetura de segurança baseada em identidade e alinhada à visão Zero Trust.

E como identificar a hora certa de implementar um PAM?

A pergunta central deste artigo é, na verdade, um espelho da maturidade de segurança da sua empresa. Se acessos privilegiados são o ponto mais sensível de qualquer infraestrutura, o momento certo de implementar um PAM deve ser definido conforme os sinais que o próprio ambiente entrega.


Na prática, a necessidade surge quando o risco de manter o modelo atual se torna maior do que o esforço de reestruturar o controle de acessos. E esse ponto de inflexão costuma ser alcançado antes do que muitas empresas imaginam.


A seguir, listamos os principais gatilhos que indicam que o momento chegou:


1. A empresa já tem múltiplas contas administrativas em produção

Se existem diversos administradores de sistemas, servidores, bancos de dados ou cloud com permissões amplas e sem segregação clara, o risco de uso indevido (intencional ou não) se multiplica. Quanto mais contas com “poder total”, maior a chance de uma delas ser explorada.


2. Há terceirizados ou fornecedores com acesso direto a sistemas críticos

Prestadores de serviços muitas vezes têm acesso privilegiado para realizar manutenções, atualizações ou integrações. Sem controle granular, rotação de credenciais ou registros de auditoria, qualquer acesso pode se tornar um ponto de entrada para um ataque ou gerar dúvidas em investigações posteriores.


3. O controle de senhas ainda é manual (ou inexistente)

Senhas anotadas em planilhas, armazenadas em arquivos não criptografados ou compartilhadas entre membros da equipe são sinais claros de fragilidade. Um único vazamento pode abrir as portas para um comprometimento em larga escala, muitas vezes sem deixar rastros.


4. Falta visibilidade e rastreabilidade sobre “quem acessou o quê”

Se a empresa não consegue responder com precisão quem acessou um sistema crítico, em que momento, por quanto tempo e com que finalidade, ela já está em posição de não conformidade com normas como LGPD, ISO 27001 ou PCI-DSS.


5. Existe alta rotatividade de pessoas em áreas técnicas

Ambientes com alta troca de pessoal, especialmente em times de TI, operações ou DevOps, sofrem com contas órfãs, credenciais esquecidas e falta de desprovisionamento automático. Tudo isso aumenta o risco de acessos indevidos pós-desligamento.


6. O ambiente está cada vez mais distribuído e integrado

À medida que a empresa adota cloud, microsserviços, múltiplas APIs e softwares de terceiros, o número de credenciais privilegiadas cresce exponencialmente. Sem uma solução automatizada para gerenciar tudo isso, a complexidade se transforma em vulnerabilidade.


Em resumo, você não precisa esperar por um incidente para agir. O momento certo para implementar um PAM é quando os privilégios se tornam invisíveis, os acessos se tornam numerosos demais para serem monitorados manualmente, e a responsabilidade recai sobre quem “assina” a segurança da operação.


Se você identificou na sua operação dois ou mais dos pontos acima, o seu ambiente já está pedindo, de forma silenciosa, por gestão de acessos privilegiados.


PAM: de facilitador a aliado estratégico

Ao controlar quem tem acesso ao quê, quando e em que condições, o PAM se torna um facilitador da operação e não um entrave. Seus benefícios vão desde o reforço da segurança até ganhos claros de eficiência operacional e compliance:

  • Redução do risco de comprometimento interno
  • Melhoria na performance de auditorias e conformidade regulatória
  • Redução de custos com incidentes e resposta a violações

  • Base sólida para estratégias Zero Trust e transformação digital segura


Sec4U e segura: excelência e velocidade na proteção de acessos privilegiados

Ao lado da segura, uma das plataformas de PAM mais reconhecidas do mercado, a Sec4U entrega projetos ágeis, personalizados e com foco em resultado real. Dá uma olhada:

  • Redução de 94,4% nos abusos de privilégios em um dos maiores bancos de varejo da América Latina
  • 70% menor TCO (Custo Total de Propriedade) em relação a outras soluções PAM
  • 90% mais rapidez no Time to Value, protegendo sistemas críticos em tempo recorde

A metodologia da Sec4U une profundidade técnica com visão de negócio. Isso garante não só a implementação correta da tecnologia, mas a ativação efetiva do valor que ela pode gerar para sua operação.


Quer entender como sua empresa pode fortalecer a segurança e gestão de acessos privilegiados sem aumentar a complexidade da operação?
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