UX + Segurança: como conciliar sem perder conversão ou controle
9 de maio de 2025

Imagine que segurança e experiência são dois arquitetos trabalhando no mesmo prédio.


O primeiro quer muros altos, portas blindadas, catracas com biometria e vigilância em cada canto. Já o segundo prefere janelas abertas, corredores iluminados e sinalização clara. Nenhum está errado, mas ao agirem sozinhos também não estão certos. Porque, no fim, o prédio será usado todos os dias por pessoas que precisam se sentir protegidas e acolhidas ao mesmo tempo.


Hoje, porém, é possível unir User experience e Cybersecurity sem abrir mão da conversão, da confiança ou do compliance. As soluções modernas de CIAM (Customer Identity Management), como authcube, permitem que essa prática seja não só possível, mas fundamental para competir em um mundo digital cada vez mais exigente.


O que a segurança e o UX têm em comum?

Por muito tempo, essas duas frentes foram tratadas como opostas: enquanto uma buscava remover obstáculos, a outra se preocupava em erguer barreiras de proteção. Mas o que o mercado aprendeu — às vezes com ataques, às vezes com churn — é que não dá mais para escolher entre experiência e segurança em um mundo onde cada clique do usuário pode ser o começo (ou o fim) de uma relação com a empresa.


Quando olhamos para a essência dessas disciplinas, percebemos que ambas existem por um mesmo motivo: proteger e facilitar a jornada do cliente (ou futuro cliente). E quando uma falha, a outra também paga o preço. Processos de onboarding digital mal estruturados resultam em brechas de segurança. Barreiras de proteção excessivas afastam pessoas. No fim, o risco de prejuízo é o mesmo.


Por outro lado, quando bem implementados, eles não apenas protegem dados sensíveis, mas também melhoram a jornada do usuário, transformando interações complexas em experiências intuitivas e seguras. 


Vamos explorar as principais práticas que integram segurança e experiência desde o começo:


1. Redução de erros de uso

A complexidade desnecessária é inimiga da inovação. Interfaces mal desenhadas levam a falhas humanas, e falhas humanas são uma das principais portas de entrada para ataques. Um design de segurança bem elaborado reduz o risco e a complexidade de implementação, não apenas com tecnologia, mas com clareza, usabilidade e intuição.


2. Acelerar a digitalização

Empresas digitais de alta performance sabem que não há escala sem automação segura. Incorporar boas práticas de UX à camada de segurança (e vice-versa) é fundamental para criar fluxos mais rápidos, eficientes e fáceis de operar, sem comprometer os dados do cliente.


3. Aumentar a confiança e a conversão da marca

Marcas que tratam identidades como um ativo estratégico colhem mais do que segurança: colhem percepção de valor.  O cliente sente que está no controle, mesmo em processos críticos como login, recuperação de senha ou o compartilhamento de dados. 


Confiança gera conversão. Conversão exige segurança.


Quais as boas práticas do Security User Experience (SUX)?

O conceito de SUX (Security User Experience) surge da união estratégica entre segurança da informação e design centrado no usuário. Em vez de tentar suavizar interfaces complexas com uma estética atraente e simplificada, esse conceito propõe incorporar a lógica da experiência do usuário desde a concepção das camadas de segurança. O objetivo não é disfarçar controles, mas construir jornadas digitais com equilíbrio entre proteção e fluidez.

Algumas boas práticas essenciais são:


Transação e histórico de uso 

Uma das formas mais eficazes de aprimorar simultaneamente a experiência e a segurança é conhecer o comportamento do cliente ao longo do tempo. Quando a aplicação reconhece padrões de transação (como horário de acesso, geolocalização, dispositivos recorrentes ou tipo de operação), é possível ajustar automaticamente o nível de exigência de autenticação, bloqueios e alerta.


Esse uso de risk engines e machine learning para análise comportamental é a base de decisões adaptativas — o que chamamos de segurança contextual. Por exemplo, uma transação bancária feita em um novo dispositivo e em um país diferente pode acionar uma autenticação reforçada, enquanto ações rotineiras no ambiente usual são fluídas e instantâneas.



Login adaptativo e contextual

A autenticação adaptativa combina fatores como localização, reputação do IP, horário do acesso, tipo de dispositivo e histórico do usuário para ajustar a jornada de autenticação em tempo real.


Isso significa que usuários legítimos enfrentam menos atritos, enquanto atividades suspeitas acionam verificações adicionais. É a base para uma experiência sem fricção e uma segurança proativa, essencial em setores com alto volume de acessos, como varejo, educação e financeiro.


MFA invisível e uso de passkeys 

O tradicional “digite sua senha” está sendo gradualmente substituído por modelos passwordless, como o uso de passkeys.


As passkeys são chaves criptográficas geradas por dispositivos confiáveis (como celulares e laptops), que autenticam o usuário sem expor senhas ou depender de múltiplas etapas. Integradas a recursos biométricos já familiares, como Face ID ou impressão digital, elas oferecem uma experiência natural, especialmente quando introduzidas nos momentos certos, como na criação de conta ou nas configurações de segurança.


O erro comum das empresas é tentar forçar a criação de passkeys durante o login, o que gera confusão. A adoção ideal ocorre quando o usuário está engajado em um fluxo de confiança — por exemplo, configurando sua conta ou recuperando um acesso.


Consentimento claro e transparente 

Apesar de ser comumente negligenciada, a forma como o consentimento é solicitado impacta diretamente a confiança. Interfaces opacas ou juridicamente excessivas reduzem a conversão e comprometem a conformidade com a LGPD.


O ideal é usar design explicativo, com uma combinação de microcópias, ícones familiares e navegação previsível para guiar o usuário. Isso transforma o aceite de termos e compartilhamento de dados em um processo informado e não imposto.


Recuperação de conta fluida 

A recuperação de acesso é um dos momentos de maior atrito e risco. Implementar múltiplas opções de MFA permite que o usuário escolha a alternativa mais conveniente, e, ao mesmo tempo, fortalece a segurança.


Um bom fluxo de recuperação também deve prever mecanismos de verificação de contexto e evitar armadilhas comuns, como links sem expiração ou perguntas de segurança fracas, que abrem margem para ataques de engenharia social.


Identidade federada e social login controlado

Integrar provedores externos como Google, Apple e Microsoft melhora a experiência, mas deve ser feito com critérios de governança. O ideal é que o CIAM permita a configuração de políticas específicas para logins sociais, como:


  • Bloquear domínios não autorizados (ex: e-mails pessoais em ambientes corporativos)
  • Aplicar MFA mesmo em autenticações federadas
  • Mapear e auditar os atributos recebidos do IdP (Identity Provider)


Isso garante que mais agilidade sem abrir mão do controle sobre os dados de identidade e os riscos envolvidos.


Design inclusivo e acessível

Segurança que não alcança todos os usuários é uma falha crítica. Isso inclui garantir legibilidade, suporte a leitores de tela, contraste adequado, tradução de termos técnicos e compatibilidade com dispositivos menos potentes ou redes lentas.


A acessibilidade não é um “plus”, é uma camada de segurança — porque quem não entende ou não consegue interagir com os controles de proteção, está mais vulnerável a ataques, erros e abandono. Leia este artigo para conferir as soluções Sec4U para cada cenário!


Feedback visual sobre segurança

Exibir indicadores claros de proteção, como selos de conexão segura, animações de autenticação, ícones de criptografia, contribui para a confiança e reduz chamadas no suporte.


O usuário não precisa entender a arquitetura técnica por trás, mas precisa sentir que está seguro. Essa sensação é construída com micro interações visuais e textuais em pontos críticos da jornada.


O segredo? Equilíbrio.

O maior erro das empresas é tratar segurança e experiência como funções que competem entre si, quando, na verdade, uma fortalece a outra. Um sistema inseguro destrói a experiência ao mesmo tempo que uma experiência inconsistente sabota a segurança. 


É por isso que a solução de CIAM do authcube foi criada para centralizar, automatizar e proteger toda a jornada de identidade, com fluidez e controle, em uma plataforma construída para negócios reais.


Na Sec4U, esse equilíbrio é garantido por um time dedicado de especialistas em Identity Securityl, com experiência prática em orquestrar grandes volumes de acessos, com foco em risco, performance e usabilidade.


Chamamos isso de identidade viva: inteligente, segura e centrada no usuário, adaptável a cada tipo de negócio. Na prática, isso significa usar o authcube para orquestrar jornadas digitais com segurança contextual, autenticação sem fricção, gestão de consentimento e integração com múltiplos provedores, tudo em uma única plataforma.


Mas tecnologia sozinha não resolve. Por isso, a Sec4U entrega um time de especialistas dedicado a entender os riscos, fluxos e objetivos do seu negócio. A partir disso, configuramos e ajustamos cada camada do CIAM para proteger acessos sem bloquear relações, traduzindo compliance, conversão e confiança em valor real para sua marca.


Converse com nosso time e descubra como podemos transformar segurança de identidades em diferencial estratégico!

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